quinta-feira, 9 de junho de 2016
terça-feira, 20 de novembro de 2012
A Saga Crepúsculo: BOLADÕES!
Segunda-feira eu fui pegar um cineminha. Eu sempre fui um baita fã da saga Crepúsculo porque ela é muito louca, né? Convenhamos, o protagonista é um vampiro com centenas de anos que se porta como um adolescente virgem e, cara, isso é ter personalidade! (EDUARDO CULLEN, VC É DEUS, KRA!).
Ressuscita agora, malandro! |
No lado do conselho, a Dakota Fanning, aquela que grita pra cacete no "Guerra dos Mundos", também padece. Cá entre nós, finalmente morreu, não faz um filme bom desde "I Am Sam".
quarta-feira, 9 de maio de 2012
À SOMBRA DO SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA
Anjo |
domingo, 15 de abril de 2012
Meninos têm pênis, meninas têm vagina
terça-feira, 13 de março de 2012
SUJIDADE
Antes de ler, assista ao vídeo abaixo:
Pois bem, estou a poucos meses de me formar em jornalismo. O jornalista é um profissional de sorte, ele trabalha para a sociedade, promove a democracia e ainda é pago para isso. Seria uma benção, não fosse uma temida relação com o poder que o poder proporciona. O profissional de comunicação - e aqui me refiro especialmente ao jornalista de televisão - possui um poder inimaginável.
O raciocínio é simples: concessões de rádio e televisão, no Brasil, são concedidas pelo Estado. O Estado representa o povo e deve defender seus interesses. Teoricamente (teoricamente, veja bem), as concessões públicas devem zelar para que os cidadãos sejam bem informados. Os jornalistas devem ser os baluartes da democracia (que pomposo). A comunicação é social, pois dela devem decorrer os princípios democráticos.
Alguns episódios de nosso mal fadado Estado Democrático remetem a um período em que as concessões públicas poderiam ser revogadas com o bater de uma continência. Em 1984, por exemplo, a Rede Globo de Televisão, escondeu de seu principal noticiário, o Jornal Nacional, a notícia de manifestação pelas Diretas Já.
O tempo passou, veio a Constituição de 88, mas velhos hábitos não mudaram. Em 1989, a mesma rede de televisão arquitetou para que o candidato Fernando Collor de Mello fosse eleito. Numa das mais desastrosas demonstrações do poder burro do jornalismo, uma edição medonha do último debate presidencial foi feita e exibida pelo mesmo Jornal Nacional de 1984.
O tempo passou, Collor caiu, Marinho morreu, Collor voltou, Sarney... continuou sendo Sarney, mas um fato preocupante ocorreu de novo.
A massa foi manipulada. E não venha dizer que estou procurando pêlo em ovo ou divagando sobre uma teoria conspiratória. Não. Os fatos citados aqui já foram publicamente assumidos pelos próprios envolvidos (assim como, penso eu, o que aconteceu anteontem também o será, num futuro próximo).
A matéria exibida pelo Jornal Nacional (olha ele aí de novo) representa o que há de mais pútrido na relação "Redes de Televisão x Empresas". A empresa em questão é a Confederação Brasileira de Futebol, presidida até anteontem pelo pulha Ricardo Teixeira. Claramente defendendo benefícios futuros, a TV Globo ousou – no pior sentido do verbo ousar – ao demonstrar que edita quem pode e assiste quem não tem juízo.
O genial Tino Marcos (sem ironias aqui) se prestou a um desserviço público quando editou este lixo de reportagem. Escondendo os fatos mais relevantes da história deste homem que não irá deixar saudades na administração do futebol brasileiro. Também pudera, lembremos que foi preciso a imprensa internacional se manifestar para que ele caísse. Não poderíamos esperar coisa “melhor” de nossos “baluartes” da democracia, não é mesmo?
Minha questão, dúvida, inquietação maior é: quantos anos mais terão de passar para que a Rede Globo de Televisão comece a merecer sua concessão pública?
terça-feira, 22 de novembro de 2011
O ASSALTO
Comprei uma mochila nova há pouco, ela tem lugar pra notebook, mas hoje eu não tava com ele não. Tava de boa, ouvindo um som e olhando o trânsito infernal que, posteriormente, me faria chegar atrasado ao trabalho.
Mas nada dos parágrafos acima é mais importante que o “negão”. Entrou um negão, com mais ou menos 1,90, tatuagens e uns 90kg, na lotação. Ele mudaria meu dia. Primeiro esbarrou a mão em mim, eu olhei feio pra ele porque não gosto que esbarrem em mim na lotação. Daí ele sentou do meu lado.
- Essa perua vai até aonde? - Perguntou.
- Vai até o posto. - Respondi.
Amigos, de onde estávamos (Praça do Acuri) até o tal posto (Rua do Roseiral) dava, mais ou menos, uns 850 metros. O diálogo a seguir revela toda a tensão que essa distância representou.
- Posso te perguntar uma coisa, de boa?
- Pode.
- Roubaram o notebook da minha mulher, foi um cara aí, certo mano, não quero fazer nada contra você quero só descobrir quem foi.
- Vixi, que treta louca. — Aqui eu tentei fingir uma proximidade com o individuo.
- É mano... você faz o que da vida? — Nesse momento eu já sabia que ele não tava muito a fim de saber qual o itinerário da lotação.
- Sou estudante de jornalismo e trabalho, faço estágio. — Estava tentando dar uma de proletariado e tal, sofredor, pra ver se ele desistia do roubo.
- Ah é mano? Se fosse pra você fazer uma reportagem comigo e com minha família, você faria?
- ...mas... o quê?
- Mano, eu tenho uma família assim de quatro filhos e uma mulher, dá pra fazer uma reportagem?
- Er... dá, dá sim.
- Mano, é o seguinte, não vou fazer nada de mal com você mas tenho que ver qual que é, sabe?
- Tô ligado. Você tem quatro filhos, né?
- Cinco.
- Sei... — AHAHAH.
- Mano, é o seguinte, cadê seu RG?
- Meu RG?
- É mano, qual seu nome?
- Leonardo?
- Cadê seu RG, Leonardo?
- Meu RG?
- É mano, alguma coisa pra eu ver seu nome aí.
Eu mostrei o bilhete único pro figura, claro que eu estava tremendo um pouco, afinal, o tal negão era grande e eu já vislumbrava como seria uma briga entre nós ali dentro daquele veículo. Já estava decidido a não dar nada pra ele.
- Mano, eu quero ver o RG!
- Mas eu já mostrei o bilhete único!
- Isso aí qualquer um pode fazer! Cadê o RG?
Percebi que era um pretexto pra olhar minha carteira. Aí que a história fica boa, amigos. Peguei a carteira e tirei a carteirinha da biblioteca (meu RG tava no bolso e eu tava tão nervoso com a situação que tinha esquecido).
Quando eu tirei a carteirinha da biblioteca ele pediu para que eu abrisse a carteira.
- Abre aí, mano!
- Aí ó, tá aberta! — AHHAHAH, eu mostrando a carteira pro figura, quase chorando já. A carteira só tinha cartões e documentos. Não tinha nem moeda! Detalhe: ele não tinha mostrado nenhuma arma, nem nada, apenas tinha dito que era do comando e tava armado. Eu também sou do comando. Comando minha vida. Mas não ia falar isso pra ele, né? Se é louco, auauhuahuah!
- Mano, deixa eu ver sua mochila! — A mochila estava entreaberta porque eu tinha tirado a carteira de dentro.
- Você quer ver minha mochila?
- Bota aqui no meu colo.
- Por quê?
- Mano, bota aqui!
- Você vai pegar minha mochila? — Perguntei essa fazendo a carinha do gato do Shrek.
- Mano, você tá me tirando? Só quero ver sua mochila!
- Toma.
- Isso aqui é seu? — Perguntou mostrando uma trena que eu estava carregando para dar para meu pai depois.
- Sim.
- Cadê seu notebook? — Indagou segurando uma fonte de energia que estava na mochila.
- Essa fonte não é de notebook, é de Playstation.
- Playstation 2?
- Isso.
- Isso é seu? — Ele estava segurando uma outra carteira que estava na mochila, uma mais fina, para colocar cartões. Também estava vazia, ahuuahuaua.
- Sim.
- ....Toma. Viu? Doeu?
- Não.
Daí ele ficou quieto durante vinte segundos. Acho que estava pensando: “Como pude pegar um cara tão duro e com nada pra roubar? Puta que pariu!”
Mas ele pensou bem e lembrou-se do meu celular. Daí eu fiquei puto. Não ia dar meu celular. Não ia.
- Seu celular tem quantos chips?
- Tem dois.
- Deixa eu ver.
- Pra quê? Você vai pegar meu celular? — (Rosto de gatinho do Shrek de novo)
- Mano, deixa eu ver essa porra, você tá me tirando? É a segunda vez que você me tira, maluco, você é louco? Fecha a janela aí! — WTF??? KKKKKK
- Tá calor.
- Fecha aí!
A perua estava bem vazia, acho que ninguém estava reparando na treta.
Dei o celular na mão dele. Os fones de ouvido no meu ouvido.
- Você acha que tua vida vale isso?
Quando ele perguntou isso deu aquele cagaço. Você começa a lembrar de todas as reportagens que tu viu na vida do tipo “morreu por causa de um tênis”. Daí eu respondi:
- Sim.
- Mano, você tá louco? Responde direito! Você acha que tua vida vale isso? — Falou empunhando o celular.
- Sim. — Com rosto do gatinho do Shrek.
- Mano! Tua vida não vale isso seu filho da puta! Tua vida não vale R$ 300!
- Mas é que eu trabalhei muito pra comprar ele. — Que dó, que dó, que dó!
- Mano, você é um filho da puta!
Aí eu decidi que o celular era meu e ponto final.
- Não vou poder te dar meu celular.
- Você não vai me dar seu celuar, seu filho da puta?
- Não.
Tirei o celular da mão dele, me cagando é claro. Mas tirei. Like a boss.
- Seu filho da puta, você vai se fuder ainda. — Falou isso me cutucando com o indicador e me socando depois. Um soco no peito, nada grave.
- Você não vai me dar seu celular mesmo?
- Não. — Olhei através da janela, observando meus últimos momentos de vida. AHUHAUHAUHUAH.
- Fica aí então. — Falou isso e levantou-se.
O ônibus estava entrando na tal rua do posto, eu permaneci olhando pela janela. Acho que ele desceu nesse ponto ou depois, porque quando chegamos à estação ele não estava mais no microônibus. Eu não olhei para trás desde o fim do diálogo.
Quando desci, meu celular estava tocando Stevie Wonder, a música era “Living For The City”.
domingo, 20 de novembro de 2011
PEIDEI, MAS NÃO FUI EU
Do ponto de vista de alguns alunos, a desunião do grupo e o ego atrapalham a convivência. “A nossa sala desenvolveu uma maneira de fazer trabalho que é pouco convencional, é na base das patadas. Quem olha de fora acha que a gente se odeia, mas a gente até que se gosta na medida do possível (risos). A gente atrasa, briga, fala mal pelas costas, mas no final o trabalho acaba saindo.” A opinião é de Diogo Oliveira, ou Dih para os íntimos.
Já para Larissa Camargo, a sala não consegue trabalhar junta. “A nossa sala não sabe trabalhar junta como um todo, só em alguns grupos”, analisa. Além disso, Lari diz que a sala não sabe cumprir prazos e deixa sempre as tarefas para o último momento. O aluno Rafael Barreto é mais incisivo em sua análise: “na nossa sala, acho que o que reina é falsa amizade”, diz. “Todos querem foder o ‘amigo’, ser melhor do que ele, mostrar o quanto é foda e preparado, que sua vida é mais sofrida e isso o fez mais forte, mas como todo medíocre, eles temem precisar da ajuda de outra pessoa pior de alguém da sala”, vocifera Barreto. Segundo o aluno, isso acabou fechando certos núcleos de amigos desde o começo do curso e, apesar de algumas mudanças e reestruturações, isso continua e piora a cada semestre. “Claro que há amizades verdadeiras, mas são poucas”, finaliza.
Segundo Tiago Machado, a guerra de egos superou em todos os sentidos o espírito de coletividade. “Se antes já era quase utopia pensar em atividades pacíficas realizadas em grupo por toda a sala, hoje podemos ver que esse tipo de situação não deve ser nem colocado como hipótese. Acredito que a 311-C deveria ser modelo para um estudo científico”, brinca o estudante.
Trabalhar em grupo requer inteligência emocional, porém, os alunos são individualistas, como conta a aluna Vannessa Turkiewicz. “Eles nunca pensam no grupo em si, só no benefício próprio. Muitos discordam das ideias dadas, mas não dão outras. Reclamam do resultado final mas não participam quando devem”, analisa. Para Vannessa, o espírito vingativo também dificulta a vida em grupo na turma da sala 311-C. “Muitos não sabem dividir o lado pessoal. Por exemplo: eu não vou com a sua cara, dai num trabalho em que sou sua editora, se você não mandar no prazo, não pensarei duas vezes em avisar [ao professor] que você entregou atrasado. Sendo que, se fosse alguém legal, acabaria dando um jeitinho, dizendo que chegou no dia. O povo é vingativo! (risos)”, finaliza.
O coordenador do curso, Edson Correia, acha a situação “complicada”. “A impressão que tenho é que vocês não confiam uns nos outros e por isso parece que um não gosta de trabalhar com o outro, porque sempre acha que alguém vai pisar na bola”, diz. O ex-professor da turma, Wagner Belmonte, afirma que nunca teve problemas com trabalhos em grupo na turma, mas revela outro defeito dos alunos. “Uma boa parte do inconsciente coletivo da classe é refratária a qualquer crítica. A crítica não tem a finalidade de esculhambar, humilhar, menosprezar quem quer que seja. Ela tem, sim, a finalidade de ajustar a qualidade que se exige e estabelecer um parâmetro pelo qual vocês serão cobrados. Sentia, nos tempos que dei aula a vocês, que tinha gente que torcia o nariz quando eu dava nota baixa. Mas todas as notas dadas tinham uma fundamentação. Nada foi feito sem critério.”
Para Belmonte, nós, jornalistas, não podemos nos dar ao luxo de chutar informações sem que tenhamos alguma certeza sobre elas. Esta é uma falha grave, segundo ele. Também não podemos nos dar um aval para editar algo que contenha erros de português (ortográficos e principalmente gramaticais), muitas vezes provocados por falta de revisão. “Em síntese, pode parecer uma baita babaquice, mas não é. E algo bem maior está em jogo.”
Semestre passado eu estudei Durkheim. Ele dizia que o homem possui um consciente coletivo. O homem se comporta em conformidade com seu grupo social. Mas não é só um grupo de gente junta que forma o tal grupo social. Segundo Tiago Dantas, do site www.mundoeducacao.com.br, uma fila de cinema, por exemplo, nada tem a ver com o tal grupo social. Ele seria mais bem identificado como um grupo de estudantes que cursam a mesma graduação. Minha turma é um grupo social secundário e primário: há pessoas que são como irmãs (primário), mas há aqueles que, quando mais, trocam apenas um boa noite (secundário).
Isso num resumo porco de um raciocínio extenso, ok? Eu cito o autor e a sociologia porque foi útil para minha reflexão. Nos últimos dias, comecei a pensar que trabalhos em grupo (nada de sociologia no termo aqui, ok?), pelo menos na minha turma, não funcionam. Que fique claro: refiro-me a trabalhos em que toda a sala deve participar para um objetivo. Uma revista ou jornal, por exemplo, com uma só nota para todos.
Deixe-me posicionar vocês (ui, que gostoso!). Professor adora um lenga lenga. Principalmente se o professor não entende para quem ele dá aula, aí o lenga lenga fica sem sentido para os alunos, mas mesmo assim o mestre adora o lenga lenga. Eu estudo na Universidade de Santo Amaro. No meu curso (Comunicação Social, Jornalismo), a maioria dos alunos não tem muita grana e trabalham pra pagar as mensalidades. Mas tem professor que não saca isso não.
Os sábios da academia tentam fazer a minha turma, que tem pouco mais de 15 pessoas, trabalhar em grupo todo semestre. Sempre pedem um trabalho que envolve a sala toda. E sempre dá merda. O argumento é tentar “simular” uma redação de jornal ou algum ambiente corporativo, que seja. É aí que a merda fede muito. Porque, ao contrário do que acontece num ambiente corporativo, quando um faz merda, a sala toda se fode.
“Mas Léo, quando alguém faz merda na empresa, todo mundo se fode também”. Concordo, porém, na maioria das vezes isso ocorre indiretamente. Na faculdade não. Se você atrasar o texto da porra da revista cuja nota é coletiva, você se fode e fode todo mundo também. O motivo que faz um aluno atrasar sua função pré-definida eu não sei. Só sei que tem sido assim durante longos seis semestres.
É óbvio que todos ali (ou pelo menos a maioria) querem se formar e estão se esforçando pra isso. Conheço gente da turma que tem filhos, dívidas, famílias destroçadas, namoros terminados, e o que mais qualquer roteiro de novela mexicana puder conter. Tem gente que chega na sala atrasado porque tava negociando a dívida com a faculdade e ainda tem de ouvir o professor falando merda.
Não estou defendendo meus colegas, muito pelo contrário, sei que tem gente ali que respira jornalismo, porém, outros estão cagando para essa abençoada profissão. Mas ter de ouvir comida de rabo feito criança no primário de professor grosso e mal amado, aí já é demais.
Se os alunos de minha turma só colocam a camisinha depois da confirmação de gravidez, os professores e a coordenação devem pensar em provocar o uso da camisinha ainda quando houver tempo (uahuahuhahuauhauh), ou seja, nada de trabalhos com notas coletivas, ok? É preciso enfiar uma piroca no cu de cada aluno, para que ele lute até o fim do semestre para tirá-la de lá, ok? Assim, evitaremos aforismos engraçadinhos, como o que intitula este post. Tem gente na turma que não merece levar sermão por erros alheios. Não merece mesmo!