terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Saga Crepúsculo: BOLADÕES!


ATENÇÃO, SPOILERS AHEAD, EU CONTEI O FINAL DO FILME, NÃO LEIA SE NÃO QUER SABER O FINAL DO FILME!

Segunda-feira eu fui pegar um cineminha. Eu sempre fui um baita fã da saga Crepúsculo porque ela é muito louca, né? Convenhamos, o protagonista é um vampiro com centenas de anos que se porta como um adolescente virgem e, cara, isso é ter personalidade! (EDUARDO CULLEN, VC É DEUS, KRA!).

Em suma, entre todas as obras primas disponíveis para apreciação no Cinemark - este cinema de pobre, que só dá pobre, feito pra pobre – escolhi “A Saga Crepúsculo, Amanhecer, Parte 2 – Final”. KKKKK, sim, é uma verdadeira saga mesmo aguentar o filme até o fim. Eu fico imaginando quem aguentou a saga toda até o fim. Acho que o nome da série é inspirada nos fãs que aguentaram esta merda de saga. Tem mais filmes que o Freddy Krueger e o Jason. Juntos. Mas deixe estar, era véspera de feriado da consciência negra e minha presença ali era prova de que os pretos ainda precisam se conscientizar muito, rssrssrsrsrs, ME PROCESSEM!

Começou o filme e olha... Realmente... É lamentável.  Primeiro que se você perdeu qualquer um dos filmes da série, foda-se, você vai entender o enredo de boa. O negócio é o seguinte: Bella se apaixonou pelo vampiro Edward, ele é da família Cullen, que tá na correria há anos. Beijinho vai, beijinho vem, o lobo Jacob entrou na história. O triângulo amoroso - depois de caretas de Kristen Stewart, dos sorrisinhos amarelos do vampirão gay Robert Pattinson e do abdômen delícia do Taylor Lautner – acaba ficando na amizade, com a Bella Casada com o Eduardo. Mas o mais maneiro mesmo desta saga crepúsculo é que tem uma ponta de Avengers, de Mercenários, de Exterminador do Futuro, de loucura mesmo em seu último capítulo, e isso é absolutamente GENIAL!

O problema da bagaça é que o casal vampiro (sim, agora no final a Bella também vira vampiro pra poder parir uma guria vampira) fazem uma filha meio-vampira meio humana. Um barato louco mesmo! Daí o conselho dos vampiros fica sabendo e acha que a menina é uma criança amaldiçoada, que vai destruir várias bagaças e expor os vampiros. Para tirar a prova, o tal conselho vai à cidade dos Cullens pra ver qual é que é. Aí amigos, aí o bicho pega!

O que acontece é o seguinte: depois de trocar uma ideia meio sem pé nem cabeça (algo normal nessa Saga dos infernos) o conselho cai na porrada com os Cullens, e isso começa com o Carlisle Cullen (aquele que é médico) sendo decapitado. A sequência das lutas é de dar inveja a qualquer “Entrevista com o Vampiro” ou “Drácula de Bram Stoker”. Aquele vampirão bizarro, o Jasper, também é decapitado e morre violentamente.


Ressuscita agora, malandro!

No lado do conselho, a Dakota Fanning, aquela que grita pra cacete no "Guerra dos Mundos", também padece. Cá entre nós, finalmente morreu, não faz um filme bom desde "I Am Sam".

Meus amigos, é tanta tristeza que o som das gurias chorando enquanto a família Cullen era dizimada foi tremendo. Mas Bella e Edward Cullão se superam e, num golpe a quatro mãos numa cena que faria inveja a Bruce Lee e Chuck Norris, matam o chefão dos chefões, um tal de Aro, tipo a rainha dos caras. Um vampiro bolado!

A cena supracitada dura uns 10 minutos. Só pancada, protagonistas morrendo, decapitações, sangue e muita tristeza. Seria maravilhoso toda a Saga Mela-Cueca terminar assim: real como a vida! Mas não. Como estamos falando da Saga Crepúsculo, a cueca melou no final (MELOU BONITO!). 

A cena era uma visão que o tal Aro tava tendo depois de chupinhar as visões de uma Cullen que tem o dom de ver o futuro. Mó bagaça louca! Mó bagaça sem graça! O que seria um fim DO CARALHO tornou-se um fim Crepúsculo. O triângulo amoroso que arrebatou os coraçõezinhos adolescentes terminou feliz pra sempre.

Stephenie Meyer perdeu uma boa oportunidade de mostrar às jovenzinhas de hoje que as coisas lá fora não vão nada bem. As menininhas saíram do cinema como chegaram: vazias.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

À SOMBRA DO SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA


Anjo

Para mim, time de futebol é igual orientação sexual, você nasce assim e acabou. Eu, caros amigos, eu queria era ter nascido corintiano. Quando eu tinha, não sei... meus 7 anos, vi o São Paulo Futebol Clube ganhar tudo que estava disputando. Não deu outra, foi paixão à primeira vista. Mas algo estranho me acompanha desde então.

Em 1995, por exemplo, eu olhava de rabo de olho para a TV vendo aquele Carioca que batia falta com maestria frente ao Palmeiras, na final do Campeonato Paulista do mesmo ano.

Em 1998 eu comemorei muito quando Eles (o sujeito aqui é divino e merece a caixa alta) perderam o Campeonato Paulista para nós. Foi lindo e no ano seguinte Eles perderam a Libertadores para o Palmeiras. Mas antes venceram o Paulistão, com direito a embaixadinhas do capetinha Edílson e tudo, quem não se lembra?

Em 2000 viria a glória para o Corinthians, o Mundial conquistado no início do ano, com direito a invasão corintiana no Maracanã. Só que o tal mundial fez com que o time fosse compelido a vencer a Libertadores, para provar que tinha tradição internacional. Mas havia uma pedra no meio do caminho, uma pedra chamada São Marcos.

Em 2001 Eles venceram o Santos à corintiana. Um jogo que me fez olhar pra Tevê e me emocionar com uma ponta de inveja no coração. Em 2003 e 2006 eu vibrei muito quando Eles foram eliminados da Libertadores diante do River Plate. A crise foi tamanha que, na sequência, o Corinthians foi rebaixado no Brasileirão de 2007. Renasceram em 2008. Feito uma fênix (ou seria um gavião?).

Isso é um pouco de Corinthians durante meus 27 anos de vida. Em 2012 o time do Parque São Jorge completa 102 anos de existência e posso dizer, com certeza, não fosse essa existência, o futebol paulista não teria a mesma graça. São Eles que, mesmo nunca tendo ganhado uma Libertadores possuíram em seu elenco gente como Carlitos Tevez, Ronaldo, Roberto Carlos, entre outros. São Eles que, ao que tudo indica, vencerão a Libertadores. São eles que tiveram atacante médico e politicamente engajado, duas coisas raríssimas no mundo dos boleiros.

O Corinthians é maravilhoso e odioso, mas acima disso, o Corinthians é maior que tudo e pelo menos, enquanto eu viver, assim será.

domingo, 15 de abril de 2012

Meninos têm pênis, meninas têm vagina



Qual o problema das pessoas com o sexo? Por que existe uma cultura de que não podemos falar tão abertamente de algo que todos fazemos? Porque afinal, todos fomos parte de uma porra. Sim, todos nós estivemos no meio de um cardume de espermatozoides (qual o coletivo de espermatozoides?). A diferença entre nós e uma punheta mal batida é muito pequena.
Daí eu vi esse filme, Shame, do Steve Mcqueen (não aquele Steve Mcqueen, outro Steve Mcqueen) e fiquei pensando, sabem, talvez, se discutíssemos mais abertamente o assunto, gente como o Ronaldinho Gaúcho, por exemplo - sim, o Ronaldinho Gaúcho - não tivesse degringolado tanto em sua profissão. Porque, convenhamos, as descascadas na webcam devem ter uma porção de culpa nisso.
Mas o assunto é sério, vejam só, no filme em questão, o vício do rapaz acarreta em tragédias inimagináveis que envolvem tanto sua vida pessoal quanto profissional.
Você, que está lendo isso, você já perdeu uma madrugada se masturbando ou procurando pornografia na internet? Você já reparou no cameltoe daquela amiga durante uma amigável conversa? Ora, convenhamos, enquanto o sexo for tratado como uma anomalia (reparem, uma anomalia que nos dá a vida), talvez seja melhor que viremos indivíduos assexuados. Assim, quem sabe, seremos os seres puros que alguns apregoam que sejamos. O motivo eu não sei.
Fecho com Nietzsche, que morreu na virada do século. Do XIX para o XX. Ele disse: “Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.”
O sexo, em todas as suas vertentes, é para poucos. Aproveite!

terça-feira, 13 de março de 2012

SUJIDADE

Antes de ler, assista ao vídeo abaixo:

Pois bem, estou a poucos meses de me formar em jornalismo. O jornalista é um profissional de sorte, ele trabalha para a sociedade, promove a democracia e ainda é pago para isso. Seria uma benção, não fosse uma temida relação com o poder que o poder proporciona. O profissional de comunicação - e aqui me refiro especialmente ao jornalista de televisão - possui um poder inimaginável.

O raciocínio é simples: concessões de rádio e televisão, no Brasil, são concedidas pelo Estado. O Estado representa o povo e deve defender seus interesses. Teoricamente (teoricamente, veja bem), as concessões públicas devem zelar para que os cidadãos sejam bem informados. Os jornalistas devem ser os baluartes da democracia (que pomposo). A comunicação é social, pois dela devem decorrer os princípios democráticos.

Alguns episódios de nosso mal fadado Estado Democrático remetem a um período em que as concessões públicas poderiam ser revogadas com o bater de uma continência. Em 1984, por exemplo, a Rede Globo de Televisão, escondeu de seu principal noticiário, o Jornal Nacional, a notícia de manifestação pelas Diretas Já.

O tempo passou, veio a Constituição de 88, mas velhos hábitos não mudaram. Em 1989, a mesma rede de televisão arquitetou para que o candidato Fernando Collor de Mello fosse eleito. Numa das mais desastrosas demonstrações do poder burro do jornalismo, uma edição medonha do último debate presidencial foi feita e exibida pelo mesmo Jornal Nacional de 1984.

O tempo passou, Collor caiu, Marinho morreu, Collor voltou, Sarney... continuou sendo Sarney, mas um fato preocupante ocorreu de novo.

A massa foi manipulada. E não venha dizer que estou procurando pêlo em ovo ou divagando sobre uma teoria conspiratória. Não. Os fatos citados aqui já foram publicamente assumidos pelos próprios envolvidos (assim como, penso eu, o que aconteceu anteontem também o será, num futuro próximo).

A matéria exibida pelo Jornal Nacional (olha ele aí de novo) representa o que há de mais pútrido na relação "Redes de Televisão x Empresas". A empresa em questão é a Confederação Brasileira de Futebol, presidida até anteontem pelo pulha Ricardo Teixeira. Claramente defendendo benefícios futuros, a TV Globo ousou – no pior sentido do verbo ousar – ao demonstrar que edita quem pode e assiste quem não tem juízo.

O genial Tino Marcos (sem ironias aqui) se prestou a um desserviço público quando editou este lixo de reportagem. Escondendo os fatos mais relevantes da história deste homem que não irá deixar saudades na administração do futebol brasileiro. Também pudera, lembremos que foi preciso a imprensa internacional se manifestar para que ele caísse. Não poderíamos esperar coisa “melhor” de nossos “baluartes” da democracia, não é mesmo?

Minha questão, dúvida, inquietação maior é: quantos anos mais terão de passar para que a Rede Globo de Televisão comece a merecer sua concessão pública?