terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O controle remoto é meu

Em julho, quando estreou a mini-série Som e Fúria na Globo eu me interessei rapidamente pela trama. O elenco me agradava e o enredo também, claro que a direção de Fernando Meirelles também me fisgou. Mas alguns empecilhos da vida permitiram que eu visse apenas os dois primeiros capítulos pela tevê. O que fazer? Pensei um pouco e me tranquilizei. Quando sobrava um tempo na correria do meu dia-dia, eu ia para o computador e buscava o upload mais recente de Som e Fúria. Assistia aos capítulos perdidos sem a chata intervenção dos comerciais e quando a mini-série acabou, fiz questão de fazer o download via torrent. Até hoje quando bate a saudade eu assisto meus episódios favoritos, sem comerciais, anunciantes ou qualquer chatice destas.

Retomo estes acontecimentos de julho para contar que a história se repetiu agora em outubro. Tenho lido Aline ultimamente e claro, fiquei interessado na versão televisiva dos quadrinhos. Infelizmente, como já citei, a série começou em outubro, perdi alguns episódios. A quem recorrer? Claro, Youtube! Habemus Youtube! O facilitador, o libertador, o futuro! Vi os episódios e já comecei a baixar via torrent, se eu quisesse poderia puxá-los direto do Youtube com a ajuda de um programinha básico desses que você baixa com licença gratuita na internet. Mas não, por torrent a qualidade é bem melhor.

Se você pensa que apenas séries novas e a dramaturgia em geral me fazem correr para o Youtube, está enganado. O programa Pânico na TV já não possui minha audiência há meses, pelo menos não na frente da tevê. Os domingos modorrentos em que durmo durante 24 horas passam e quando acordo corro pro Youtube para assistir ao programa. Mando organizar os envios de vídeo por data de inclusão e feito mágica aparecem os uploads recentes de vários usuários que já mandaram os quadros do humorístico para o site. Com o Fantástico é a mesma coisa, a diferença é que assisto do próprio site da Globo.

E quando o passado encontra o futuro? É uma delícia! Vez ou outra bate aquela vontade nostálgica de assistir a episódios clássicos do Chaves, Caverna do Dragão, Cavaleiros do Zodíaco, etc.

Mas é prudente utilizar esse meio sem pensar nas consequências? Afinal, se os anunciantes não tiverem retorno de seus anúncios a qualidade dos programas ira cair. Teoricamente falando, a indústria do entretenimento trabalha de forma retroativa, se não houver capital para financiá-la, não haverá diversão. Mas daí eu olho para o Chaves, por exemplo, e penso: Roberto Gómez Bolaños não gastou muito fazendo isso, afinal, o que o conta é o talento. Se os anunciantes estão preocupados com o fim iminente dos comerciais isso é problema deles. A preocupação é deles, a diversão é nossa.

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