sábado, 25 de abril de 2009

Entre os Muros da Escola - O Filme


(Foto: Divulgação)

Terça fui ao show do Bocelli, cheguei às imediações do Parque da Independência e percebi que a coisa não andava bem. Aproximadamente 25 mil pessoas se acotovelando para ver o cantor. Eu, que detesto uma muvuca, corri dali e rumei pra Augusta, fui pegar um cineminha, a sessão das 16:30 me interessava muito, com o guia debaixo do braço, corri para chegar na hora, cheguei às 16:31 mas já não haviam mais ingressos para tal sessão. Pensei comigo, que filme mais disputado, deve ser bom. Eu costumo ir ao cinema sem ler sinopse, adoro. Você vai cru, sem julgamentos de terceiros e digere a obra sem acompanhamentos, é gostoso demais, eu recomendo. Pois bem, comprei um ingresso para a sessão das 19:00 e fui para uma LAN House gastar meu tempo, como qualquer pessoa faria (ahuahuahu). Cheguei na Lan e fui ao MSN onde fui indagado por meia dúzia de chatos o porquê de ir ao cinema sozinho. Pô, é hábito antigo e que aprecio bastante. Wathever, foram se as horas e o relógio bateu às 19:00, fui ao cine, mas antes troquei uma ideia muito da bacana com uma militante do PCO (Partido da Causa Operária) que estava vendendo o semanal deles na frente do cinema. Uma menina simpática... Comunista, simpática, gordinha, hum... Bem, voltando ao filme escolhido, o nome era "Entre os Muros da Escola" e eu sabia apenas que fora baseado em um livro homônimo.

O filme conta a história de um professor de Francês que tenta lecionar aos alunos da periferia do país. Todos com idade entre 13 e 16 anos, são o retrato dos jovens de hoje. Insolentes, mal-educados e sem esperanças para o futuro. Pelo lado francês de abordagem, percebemos o quão atual é o filme, demonstrando toda diversidade étnica daquele país, na sala de aula há até um aluno chinês. O filme é realista ao máximo, em certos momentos ele te prega peças e você começa a xingar os alunos sem ao menos tentar entender o contexto sócio-político do problema. O professor é heroico Ser professor, definitivamente é complicadíssimo.

Um dia espero poder ver, sobre o mesmo ponto de vista, o interior dos muros da nossa escola, da escola brasileira, da escola periférica brasileira. Seria um "Entre os Muros da Escola 2 - Agora no Inferno."

obs.: O realismo talvez tenha explicação concreta, o autor do Livro, François Bégaudeau, interpreta a si mesmo na película.


É um tesão ver filmes sem ler nada antes, eu nem sabia sobre o que tratava o filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário