segunda-feira, 21 de março de 2011

A resposta de Solda

Ontem, muitos de nós torcemos o nariz para a charge de Luiz Antônio Solda, publicada na versão online do jornal O Paraná. A charge mostra um macaco e os dizeres:

“Almoço para Obama terá baião de dois, picanha, sorvete de graviola…E BANANA, MUITA BANANA”

(Para ver a charge em tamanho original, clique aqui para ir ao blog do cartunista)

À primeira vista, a charge causa espanto, porém, como eu já conhecia o cartunista Solda e admirava seu trabalho, fique com a pulga atrás da orelha e resolvi correr atrás de respostas. Fui até seu perfil no Facebook e perguntei se ele não gostaria de dar sua opinião sobre a polêmica. Reproduzo abaixo sua resposta que ele postou em meu Facebook e autorizou que fosse publicada em meu blog.

Leonardo: jamais fui preconceituoso nem racista e não gosto desse tipo de gente. Coloco aqui o comentário do chargista Marco Jacobsen: O preconceito e o racismo ficaram por conta do ignorante que postou essa imbecilidade! E esses comentário...s carregados de preconceitos com mora no sul? Uma estupidez só! [aqui ele comenta sobre o que meus amigos disseram no Facebook] Essa turma não sabe ler?

A charge não é racista, gente. Fica claro que o macaquinho (figura simpática) que está fazendo o gesto “banana”, é uma referência à resistência às propostas comerciais indecentes que os americanos nos fazem há décadas. Oferecer uma “banana” aos americanos, não tem nada de racismo e sim um protesto bem brasileiro (seja ele de qual região for). O senhor Paulo Henrique Amorim, é responsável por achincalhar a o caráter ilibado deste que é um dos maiores artistas gráficos do país. Embora este senhor não tenha se manifestado de forma clara, publicar um post com o título: “Jornal Paraná Online publicou hoje charge racista com desenho de um macaco e com os dizeres...” é induzir a todos os leitores a tirar uma conclusão precipitada e b urra. Manifesto aqui minha indignação e desprezo por todos que viram uma ilação racista na charge. Pois pra mim ficou claríssimo que o racismo está embutido na cabeça dessas pessoas mesmo que induzidas. Acho que o cartunista deveria processar o jornalista, o site e todos os que o acusam injustamente de racismo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O ASSASSINATO DE BARACK OBAMA

Manhã de sol. O Rio de Janeiro amanhece maravilhoso, justificando sua tão famosa alcunha. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos se prepara para seu dia mais negro. Barack Hussein Obama ajeita a gravata e dá bom dia para as filhas negras.

- Bóra gente, bóra que Jesus ta esperando!

O afro-americano dá um nó na gravata e parte para o último dia de sua vida.

Do outro lado da cidade, um negro chamado Motumbo Alfredo monta seu fuzil preto. Motumbo lacrimeja, hesita, mas continua. O negro está em seu barraco, equilibrado sobre uma lama escura. Ele mora na Favela do Longe. Uma favela que fica longe.

Ao meio-dia, Obama sobe para o discurso. No mesmo momento, Motumbo aponta seu fuzil para o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos. O negro aponta. O negro abre a boca. O preto dispara. O negro morre. O dia negro.