quarta-feira, 5 de maio de 2010

A realidade é mais pesada que o céu


Dia de final antecipada, as duas maiores torcidas do Brasil se digladiam com seus gritos e bandeiras. De um lado o Corinthians, no ano de seu centenário, em busca de seu primeiro título na Libertadores. De outro o gigante Flamengo, em busca do bi-campeonato.

Começou o jogo e já parecia ano novo em Sampa, fogos, fogos e mais fogos para celebrar a entrada do Timão em campo. Nos bares a posição das cabeças denuncia: algo parou São Paulo. Na perua do transporte público os celulares ligados no velho companheiro de outrora. O rádio transmitia com fervor cada lance, cada chute, cada momento de desespero.

O tempo passa e o timão abre dois gols de vantagem, um deles do “Gordo” como bem proferiu um torcedor que ouvia a partida. O Flamengo diminui com Vágner Love. O resultado eliminaria o Timão, em pleno ano do centenário, em pleno ano dos investimentos milionários, em pleno Pacaembu, seu grande palco. Não, não. Não com o Corinthians! Isso não estava acontecendo!

Aos 35 do segundo tempo a pressão era tamanha e o espetáculo da torcida corintiana tão belo que, quem não tinha time para torcer logo decidiu se sensibilizar com a causa alvinegra. Não podia dar outra, aos 40 sairia o gol. Não saiu. Mas deixe estar, olha lá, falta aos 45 do segundo tempo, é gol na certa, isso é Corinthians! Mas não, não dessa vez, dessa vez o Corinthians não foi Corinthians.

O Timão fitou a realidade e se deu mal. É hora de repensar se a magia é maior que o preparo.

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